segunda-feira, 26 de abril de 2010

DESENVOLVIMENTO MOTOR NA PRIMEIRA E NA SEGUNDA INFÂNCIA

O desenvolvimento motor é uma contínua alteração no comportamento ao longo da vida que acontece por meio das necessidades de tarefa, da biologia do indivíduo e o ambiente em que vive. Ele é viabilizado tanto pelo processo evolutivo biológico quanto pelo social. Uma evolução neural proporciona uma evolução ou integração sensório-motora que acontece por meio do sistema nervoso central (SNC) em operações cada vez mais complexas (Fonseca, 1988).
O movimento toma características significativas e a aquisição ou aparição de determinados comportamentos motores tem repercussões importantes no desenvolvimento da criança.
Todo comportamento envolve processos neurais específicos, que ocorrem desde a percepção do estímulo até a efetivação da resposta selecionada. Possibilitam o comportamento e o aprendizado, que acontecem de maneiras diferentes no cérebro. Desde que nascemos, a maturação do sistema nervoso possibilita o aprendizado progressivo de habilidades. À medida que uma determinada área cerebral amadurece, a pessoa exibe comportamentos correspondentes àquela área madura, desde que tal função seja estimulada. O desenvolvimento comportamental é restringido pela maturação das células cerebrais.
A aprendizagem é a mudança de comportamento viabilizada pela plasticidade dos processos neurais cognitivos. Considerando que a aprendizagem motora é complexa e envolve praticamente todas as áreas corticais de associação, é necessário compreender o funcionamento neurofisiológico na maturação a fim de fornecer bases teóricas para a estruturação de um plano de ensino que considere as fases de desenvolvimento neural da criança, maximizando assim o aprendizado.
As crianças da primeira infância, ou seja, de 2 a 6 anos, apresentam as habilidades percepto-motoras em pleno desenvolvimento, mas ainda confundem direção, esquema corporal, temporal e espacial. A variabilidade das habilidades fundamentais está se desenvolvendo, de forma que movimentos bilaterais, como pular, não apresentam tanta consistência as atividades unilaterais. O controle motor refinado ainda não está totalmente estabelecido, embora esteja desenvolvendo-se rapidamente. Os olhos ainda não estão aptos a períodos extensos de trabalhos minuciosos. Para Piaget, nesta idade as crianças deveriam estar no período pré-operacional, ou seja, percepção aguçada, comportamento auto-satisfatório e social rudimentar (Gallahue e Ozmun, 2003). Nesta fase, a maturação das áreas terciárias (de associação) ainda não está completa.
Nesta idade, a maioria das habilidades motoras fundamentais tem potencial para estarem bem definidas, mas as atividades que envolvem os olhos e os membros desenvolvem-se lentamente. Este período marca a transição do refinamento das habilidades motoras fundamentais para as refinadas que propiciam o estabelecimento de jogos de liderança e o desenvolvimento de habilidades atléticas (Gallahue e Ozmun, 2003).
O desenvolvimento de habilidades motoras mais complexas é proporcionado nesta fase pelo aprendizado motor proporcionado pela maturação da área pré-frontal associado às experiências da criança (Kolb e Whishaw, 2002). Nesta idade, há uma maturação progressiva da região pré-frontal, o que permite melhor planejamento do movimento, permitindo associar de forma consciente dois ou mais movimentos. Essa associação de movimentos, planejada no córtex pré-frontal se torna cada vez mais refinadas, e a estimulação de movimentos associados é essencial para o desenvolvimento normal das áreas corticais que possibilita uma aprendizagem motora mais eficiente. Embora a mielinização da área pré-frontal ocorra nesta fase, ela não é completa e continua a acontecer durante as próximas fases, até aproximadamente aos 18 anos.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

TEMPO E ESPAÇO NA DANÇA


A noção de espaço e tempo inicia-se muito cedo na criança, observa-se rudimentos dessas noções durante a embriogênese, em que conforme a criança se desenvolve, há a necessidade de ocupar espaço e de adaptar-se ao ritmo dos movimentos do organismo materno. Esse é o inicio de uma longa caminhada, que a partir do nascimento, é intensificada pelas relações que a criança irá estabelecer com o ambiente.
O tempo está presente em nossa existência desde a vida intra-uterina, durante a embriogênese o feto necessita organizar o seu ritmo biológico ao de sua mã, após o nascimento, gradativamente a criança vai se ajustando às condições temporais impostas pelo ambiente. Nossa realidade está repleta de ritmos e acontecimentos que se repetem periodicamente, como os intervalos da alimentação e do sono.
O tempo biológico, tal como o espaço, constrói-se pouco a pouco implicado na elaboração de um sistema de relações, sendo estas duas construções correlativas. Portanto, a construção do tempo é paralela à construção do espaço, do objeto e a causalidade, todas estas noções apresentando-se como um todo indissociável. As noções de tempo e de espaço estão ligadas às relações causais, participando o tempo da lógica de causa e efeito, em que o jogo do que ocorre “antes” e “depois” passa a funcionar como referencia para apoiar as relações causais.
Desde o início da existência, constrói-se, definitivamente um espaço sensório motor, ligado ao mesmo tempo, aos progressos da percepção e da motricidade, cujo desenvolvimento adquire uma grande extensão até o momento da aparição simultânea da linguagem e da representação figurada, isto é, da função simbólica. Nesta fase, do período sensório-motor, há a característica de um acentuado egocentrismo da criança e, à media que acontece uma liberação progressiva e gradual desse egocentrismo, a criança ai elaborando seu esquema espacial. Após somente após, vem o espaço representativo, cujos inícios coincidem com os da imagem e do pensamento intuito, contemporâneos da aparição da linguagem.
A principio a criança copia os movimentos de dança sem haver ainda uma interiorização de tais movimentos, pois até mesmo uma criança bem pequena sacode-se ao ouvir uma determinada musica. Somente após interiorizar os movimentos de dança, representando-os na ausência do modelo, é que a criança aos poucos vai decompondo este movimentos para então compreendê-los em sua totalidade. Sendo assim, para que haja precisão na execução de um movimento de acordo com um modelo ausente ou executado espontaneamente, faz-se necessário o apoio das operações.
Na dança, o corpo pode ser usado como um ponto referencia, não só para projetá-lo no espaço, como também situar-se a si e aos demais segundo um sistemas de coordenadas, partindo dos planos e eixos corporais para constituir o espaço na dança. Como para a criança o espaço que a rodeia tem seu centro em si mesma e necessário que ela tem conhecimento do seu próprio corpo para depois passar ao conhecimento do espaço total.
A dança pressupõe uma grande atividade motora sincronizada, sendo esta atividade tanto ais fácil quanto mais simples e regula forem as estruturas rítmicas. Quanto mais idade, melhor as crianças respondem à sincronização nas marchas e nas danças, entretanto em torno dos dez anos, a criança apresenta algumas dificuldades, pois o movimento perde um pouco da sua espontaneidade, ficando á criança mais atenta à melodia, percebendo melhor as durações e o ritmo complexo da música. Desta forma, a execução sincrônica dos movimentos torna-se mais complexa pela multiplicidade de fatores que devem ser considerados no momento desta execução.
Torna-se fundamental que educador observe o tempo natural de cada criança, possibilitando que a capacidade rítmica seja construída a parti e um tempo próprio, trazendo também as contribuições que a música proporciona para a compreensão do ritmo nos movimentos de dança.

terça-feira, 13 de abril de 2010

DANÇA NA PRIMEIRA E NA SEGUNDA INFÂNCIA

A dança acompanha o homem desde os tempos primordiais, estando presente em momentos cruciais da história da humanidade, assumindo as mais variadas funções.Dançar é a forma mais simples e saudável de exercitar o corpo e a mente, são vários os seus benefícios: formação e manutenção tanto de personalidade quanto do físico humano é um dos mais importantes, estes resultados podem ser observados em diferentes setores ou especialidades médicas.
A dança deve proporcionar ás crianças, situações que lhes possibilitem desenvolver suas habilidades e as várias possibilidades de movimento, promover o autoconhecimento e assim ser agente efetivo da harmonia entre razão e emoção, estimular a criatividade e proporcionar o conhecimento do corpo. Ela não é apenas uma forma de manifestação cultural na qual a escola deve se utilizar como instrumento para auxiliar os alunos na construção de conhecimentos, como ela também é um elemento importante para a formação do ser social. Portanto o trabalho de dança com crianças de Primeira e Segunda infância visam estimular o impulso e a espontaneidade do movimento que são próprias das crianças nessa faixa etária, trabalhando com a dança como linguagem artística e corporal. Adquirindo consciência corporal, dominando e aperfeiçoando seus movimentos percebendo seu corpo e o corpo do outro no espaço em que ele se move.
Desenvolvendo atividades de dança tendo como ponto de partida a percepção corporal (coordenação motora), trabalhando a expressão corporal, estimulando, motivando e fazendo uma interação entre as crianças e, facilitando o relacionamento inter-pessoal e a exploração ambiental.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

SEGUNDA INFÂNCIA

São chamados de anos escolares, um vez que a experiência escolar é central nessa época da vida. O desenvolvimento físico nessa fase apresenta o crescimento contínuo das crianças e as habilidades motoras que está se aprimorando.
À medida que as crianças se desenvolvem, têm mais atividades, seus riscos de acidentes aumentam; examinamos algumas formas de diminuir o risco. Aos 6 anos, as crianças parecem estar sempre em movimentos; tornam-se cada vez mais capazes de correr, bem como de realizar outras habilidades motoras.
Crianças de 6 a 12 anos parecem ser muito diferentes daquelas um pouco mais novas. São muito mais altas, e a maioria é mais elétrica, embora a taxa de obesidade tenha aumentado nas últimas décadas. As meninas retêm um pouco mais de tecido adiposo que os meninos, uma característica que persistirá na fase adulta. Crescem cerca de 5 a 8 cm por ano e ganham cerca de 2.700 a 3.800 g. Mais tarde, neste estágio, geralmente entre as idades de 10 a 12 anos, as meninas começam seu estirão de crescimento e, de repente, olham para baixo para se dirigirem aos meninos da classe. As mudanças em altura e peso não são totalmente paralelas em meninos e meninas. Quando as meninas têm 9 anos – depois de uma ligeira queda -, alcançam os meninos em altura; mas ainda têm o peso bem mais baixo, até que, em média entre 10 e 11 anos, elas superam os meninos.
Entre 6 e 12 anos anos, o peso médio do corpo dobra, e as brincadeiras das crianças exigem grandes gastos de energia, precisam de bastante alimentação. Geralmente comem quantidades maiores de alimentos – e comem mais rapidamente. O que as crianças precisam para permanecerem vivas e então crescerem normalmente são fontes ricas de energia e proteína. A nutrição pobre causa retardo no crescimento e crianças mal-nutridas são mais baixas que as bem-alimentadas. A boa nutrição também é essencial para as atividades normais mentais, físicas e sociais, ou seja, uma nutrição inadequada leva a menos atividade.
O ambiente é influente, uma vez que as crianças tendem a comer os mesmos tipos de comidas e desenvolver os mesmos hábitos que as pessoas à sua volta. (Kolata, 1986). As crianças que assistem à televisão muito tempo tendem a comer mais lanches (principalmente aqueles altamente calóricos que vêem nos comerciais) e são menos ativas que as outras crianças (Dietz & Gortmaker, 1985). O tratamento para uma criança obesa envolve uma dieta restrita, mais exercício e modificação de comportamento.
No período de 6 anos, mais de 90% das crianças basicamente saudáveis provavelmente sofram de alguma condição médica severa, como uma infecção virótica, inflamação na garganta por estreptococos, bronquite ou eczema. Doenças respiratórias, garganta inflamada, infecção na garganta por estreptococos e infecções de ouvido diminuem com a idade; então, à medida que as crianças se aproximam da puberdade, sofrem mais de acne, dores de cabeça e problemas emocionais passageiros. Crianças nessa fase têm uma visão mais apurada agora do que tinha antes, porque seu aparelho visual está mais desenvolvido, a visão delas é mais aguda e, uma vez que os dois olhos funcionam melhor juntos, elas podem focalizar melhor.
Estudos de crianças de 7 a 12 anos feitos mais de 30 anos atrás quando as crianças pareciam ter mais atividade física, sugeriam que as habilidades motoras das crianças melhoram com a idade. Assim nesse período eles desenvolvem a dominância lateral.

Desenvolvimento Intelectual

O desenvolvimento intelectual, apresenta a nova habilidade da criança para pensar lógica e criativamente sobre o aqui e o agora percebem pela primeira vez quais os aspectos de nossa sociedade complexa que mais as interessam e em que áreas elas são mais competentes. Na abordagem Piagetiana que é o estagio das operações concretas; à medida que a criança entra nesta fase da infância, ela entra em um novo estágio de desenvolvimento cognitivo: o das operações concretas.

Ela é menos egocêntrica e agora pode aplicar princípios lógicos a situações concretas (reais). Usa operações mentais internas (pensamento) para resolver problemas que surgem aqui e agora. Isso significa que ela pode desempenhar tarefas em um nível mais avançado do que poderia no estágio anterior (pré-operacional). As crianças nesse estagio ainda são limitadas a situações reais presentes.



Desenvolvimento Moral

O desenvolvimento moral segundo Piaget: Restrição e Cooperação Piaget acreditava que o pensamento moral se desenvolve em dois estágios. A Moralidade de Restrição, a criança pequena pensa rigidamente sobre conceitos morais, acreditam que as regras não podem ser mudada e que o comportamento é certo ou errado que qualquer violação merece punição severa. A Moralidade de Cooperação, é caracterizada pela flexibilidade moral. A medida que a criança amadurece e interage com mais pessoas, pensa menos egocentricamente, ela entra em contato com uma amplitude cada vez maior de ponto de vista. A experiência bem como desenvolvimento interno ajudam-na a desenvolver seus padrões.
Toda criança pequena às vezes pode se recordar de detalhes melhor que os adultos, mas que outras vezes sua memória é mais fraca. Elas têm mais dificuldade para se lembrar de eventos que não entendem, aparentemente porque não conseguem organizar estes eventos em sua mente. À medida que o desenvolvimento cognitivo avança, o mesmo acontece, na maioria dos casos, com a memória. A capacidade de recordação melhora enormemente entre 6 e 12 anos, em parte porque a capacidade de memória das crianças – a quantidade de informações que elas podem lembrar. O dado mais sofisticado que elas saibam sobre a memória, uma vez que combina um conhecimento de aprendizagem com um conhecimento do esquecimento, seja que reaprender alguma coisa é mais fácil que aprender algo pela primeira vez.


Desenvolvimento da Personalidade

O desenvolvimento da personalidade, é discutido nessa fase, um estagio que tradicionalmente tem sido considerado calmo e idílico. As crianças desenvolvem um conceito mais realista de si mesmas e aprendem a sobreviver e ter sucesso na cultura a que pertencem. Examinamos a mudança em seus relacionamentos, à medida que elas se tornam mais independentes dos pais e mais envolvidas com outras pessoas, principalmente com outras crianças, e como, através do contato com companheiros, eles descobrem suas próprias atitudes, valores e habilidades. ).
A segunda infância é um momento importante para o desenvolvimento da auto-estima, a auto-avaliação positiva, conforme sua adequação aos padrões e às expectativas sociais que assimilaram em seu auto-conceito e em seu desempenho. As opiniões de si próprias têm um grande impacto no desenvolvimento de sua personalidade. Os auto-conceitos que se formam entre os 6 e 12 anos são freqüentemente fortes e duradouros. Os positivos podem se formar à medida que as capacidades físicas, intelectuais e sociais que as crianças desenvolvem lhes permitem se ver como membros valiosos da sociedade (Markus, 1980). Este também é o período em que pode surgir uma auto-imagem negativa que permanece por muito tempo depois de passada a infância. As crianças em idade escolar hoje passam mais tempo fora de casa do que nunca. Escola, amigos, jogos e entretenimentos, tudo as separa da família. No entanto, o lar ainda é a parte mais importante do mundo, e as pessoas que vivem lá são as que mais interessam.

domingo, 4 de abril de 2010

AS CONQUISTAS DO PRIMEIRO ANO DE VIDA




A maior parte dos bebês saudáveis triplica o seu peso durante o primeiro ano de vida. As mudanças no tamanho são acompanhadas por mudanças nas proporções totais do corpo que são importantes para a conquista final do andar equilibrado.


O endurecimento dos ossos e os aumentos na massa muscular contribuem para o desenvolvimento do engatinhar, do andar e de movimentos coordenados dos braços e das mãos.


A locomoção, que se indica durante a segunda metade do primeiro ano de vida, provoca uma mudança fundamental nos relacionamentos dos bebês com seus ambientes. O controle motos do corpo inicia-se na cabeça e no pescoço e procede gradativamente para o tronco e as pernas. Dos sete aos oito meses, os bebês começam a se arrastar ou engatinhar, usando uma combinação de movimentos das pernas e dos braços. O andar ocorrerá em alguns meses, mais ou menos em torno do primeiro aniversário. O desenvolvimento da locomoção é a acompanhado por uma nova forma de atividade comunicativa. Os bebês começam a monitorar a expressão no rosto do cuidador para determinar a reação deste a um objeto ou evento que ambos estão presenciando. Essa referencia social ajuda os bebês a avaliarem seu ambiente.


Em algum momento entre o segundo e o terceiro aniversário, as crianças completam o período de desenvolvimento chamado de fase de beb~e. o final dessa fase e marcado por mudanças nos processos biológicos, pela expansão da capacidade física mental e pelo surgimento de um novo relacionamento consigo mesmo e com o mundo social.


A brincadeira desenvolve-se a partir de variações nos padrões dos movimentos até o uso simulado de objetos nas situações imaginárias. A brincadeira de faz-de-conta se desenvolve. As crianças de um a um ano e meio podem usar a si mesmas como agentes para realizar um ato simulado de cada vez. Quando atingem os dois anos de idade, as crianças podem realizar uma seqüência de atos simulados, em que objetos, como bonecas, são usados como agentes.


Piaget acreditava que os bebês tornam-se capazes da imitação protelada próximo ao final do segundo ano de vida, como resultado da capacidade para representar objetos ausentes. As evidências atuais indicam que a imitação protelada possa ocorrer vários meses antes.


O aparecimento de uma nova forma de categorização coincide com o início da brincadeira de faz-de-conta. Diante de uma série de objetos para serem agrupados, as crianças dessa idade criam um espaço de trabalho separado e categorizam os objetos de acordo com critérios dos adultos.


O vocabulário das crianças dessa idade aumenta rapidamente, ao mesmo tempo em que elas começam a resolver problemas com critério e a procurar, com lógica, objetos ocultos.


A convergência de mudanças biológicas, percepto-motoas, cognitivas e sociais nos meses em torno do segundo aniversário de uma criança produz uma nova mudança biossociocomportamental e o início de um novo estágio do desenvolvimento.

O ÍNICIO DA VIDA: HABILIDADES INICIAIS E O PROCESSO DE MUDANÇA

No nascimento, o cérebro contém a maior parte das células (neurônios) que terá posteriormente , mas vai se tornar quatro vezes maior na idade adulta. O tamanho aumentado resulta, em primeiro lugar, de um aumento nas conexões entre os neurônios e a mielinização aumentada, que isola os axônios e acelera a transmissão dos impulsos. Diferente partes do cérebro desenvolvem-se em velocidades diferentes durante a infância. O tronco cerebral, que inicialmente controla a maior parte dos reflexos, que inicialmente controla a maior parte dos reflexos, está relativamente maduro no nascimento. As áreas do córtex que amadurecem mais rapidamente após o nascimento são as áreas motoras e sensoriais primárias.
As habilidades comportamentais básicas com que os bebês nascem só são suficientes para sua sobrevivência se forem associadas ao cuidado de adultos.
O choro do bebê é um meio de comunicação primitivo que evoca uma forte reação emocional nos adultos e os alerta de que algo pode estar errado. Alguns padrões distintos dos choros iniciais podem indicar dificuldades.
No início, a alimentação é baseada em mecanismos reflexos primitivos que não são bem organizados. Dentro de algumas semanas, essa forma de comportamento é reorganizada e se trona voluntaria; os vários reflexos constituintes tornam-se integrados um com o outro e o bebê fica bem ajustado à mãe.
A maturação das estruturas cerebrais contribui para a reorganização dos reflexos iniciais. Alguns desses reflexos iniciais desaparecem completamente após os primeiros meses de vida. Outros podem desaparecer completamente após os primeiros meses de vida. Outros podem desaparecer e depois reaparecer mais tarde, como um elemento em uma nova forma de atividade. Outros, ainda, permanecem e são transformados em comportamentos voluntários. Sob o controle do córtex cerebral.


A capacidade dos bebês para aprender a partir da experiência está presente desde os primeiros dias de vida. O condicionamento clássico permite que os bebês formem expectativas sobre as condições existentes entre os eventos no seu ambiente. O condicionamento operante proporciona um mecanismo para a emergência de novos comportamentos, como uma conseqüência dos eventos positivos ou negativos que eles produzem. Alguma evidencia indica que os bebês pequenos podem exibir alguns tipos de imitação, mas parece improvável que a imitação seja um importante mecanismo de aprendizagem nos primeiros meses de vida.
Aproximadamente aos dois meses e meio de idade, ocorre uma mudança biossociocomportamental na organização geral do comportamento dos bebês. As mudanças na função cerebral devido à maturação são acompanhadas de uma acuidade visual aumentada e da capacidade para perceber as formas de objetos e pessoas, do estado de alerta aumentado e do sorriso social. Os cuidadores responde com novos sentimentos de conexão com a criança.