sexta-feira, 12 de março de 2010

Dança e Aprendizagem


O universo inteiro está em movimento; a terra, a água, o ar, os corpos celeste, os seres vivos, etc. Tudo tem seu próprio movimento e ritmo, sendo ele voluntário ou não, consciente ou inconsciente. É através do movimento das coisas que a história se faz; e foi através do movimento corporal que o homem primitivo começou a construir uma nova linguagem, a linguagem da dança; antes dele falar, escrever, ele dançou.

O homem começou a dançar para expressar-se, comunicar-se com sua tribo e com os Deuses; pela exuberância física; para a fertilidade da terra e do homem; em nascimentos, casamentos e falecimentos; para pedir Sol ou chuva. A dança estava constantemente presente na sua vida; e durante os anos o homem foi codificando e decodificando seus próprios movimentos de acordo com suas crenças, necessidades e habilidades; e assim as diferentes danças surgiram em cada canto do mundo; cada qual com sua particularidade; e todas fazem parte da linguagem universal da dança; universal porque todas buscam o movimento independente de sua forma ou finalidade.O homem primitivo dançava porque não sabia falar, hoje os homens falam, mas continuam dançando, não como antes, mas dançam, mesmo depois de anos de evolução e transformação.

Com o ensino da dança, busca-se redimensionar as possibilidades e capacidades do corpo e contribuir para o autoconhecimento do aluno (leia-se do ser humano) e sua inserção nos contextos sociais. Busca-se, também, preparar este aluno para conviver numa sociedade que exige cada vez mais habilidades específicas que visam ao mercado de trabalho. Pelo ensino da dança, é possível contribuir no sentido de capacitá-lo (o aluno) a enfrentar os processos corporativos, que imprimem certa uniformização, sem que este perca a sua criatividade e, principalmente, a sua individualidade.

O olhar sobre as linguagens artísticas, mais precisamente a linguagem da dança, como uma possibilidade a ser acrescentada no processo educativo. Dessa forma, todo educador, independente de sua área de conhecimento específico, pode, desde que tenha o preparo adequado, utilizar-se da linguagem da dança em sala de aula como recurso, metodologia de ensino e, ainda, como forma de conhecimento.

O professor, por meio da dança, pode estimular o impulso e a espontaneidade do movimento que são próprias da criança nessa faixa etária. Dessa forma, a criança adquire consciência corporal e passa a dominar e aperfeiçoar seu movimento e perceber o seu corpo e o do outro, bem como, o espaço em que ele se move. Assim começa a estabelecer relações com as diversas situações e lugares da vida em sociedade.

Uma atividade de dança contém valores outros: de auto-consciência, independência e autonomia. Vale dizer da importância destas características para a vida adulta de cidadão. Pessoas sem a vivência da dança - que não estão acostumadas a trabalhar e movimentar o seu corpo, pensando exclusivamente na maneira como ele se mexe - fica comprometido analisar a fundo os resultados que essa experiência pode trazer para o dia-a-dia desse professor em sua sala de aula. Para essa avaliação seria necessário estar com esses professores por um período maior, avaliando o processo de modo geral, e até dividir esse trabalho em dois aspectos: direcionando a pesquisa para o professor de modo que pudéssemos trabalhar melhor a sua conscientização corporal.


As crianças por exemplo, precisam desenvolver as habilidades e conhecimentos necessários para criar, modelar e estruturar movimentos em forma de dança expressiva. A criança, muitas vezes, usa os movimentos espontaneamente, variando seus gestos e dinâmicas para expressar seus sentimentos e idéias. Com um pouco de encorajamento e assistência, elas brincarão e improvisarão com esses padrões básicos de movimento. Este é um dos objetivos da Dança-Educação nos anos iniciais para promover e desenvolver todas as suas habilidades naturais, ou seja, oferecer oportunidades para as crianças criarem simples seqüências, através da improvisação, interagindo uma com a outra, orientadas por um professor sensível. Com suas habilidades e conhecimentos desenvolvidos, elas poderão ser capazes de criar danças mais complexas, as quais terão uma estrutura clara, incluindo aspectos interessantes de composição, tal como desenvolvimento de tema e repetição.

A habilidade técnica do movimento é básica ou essencial para qualquer dançarino. Entre esses pontos incluo, ainda, a habilidade de se mover com coordenação, ritmo, postura, equilíbrio, controle e muitos outros. Esses aspectos são comuns para todas as técnicas ou estilos de dança e promove o treinamento do movimento, que é fundamental para todos os bailarinos. Para desenvolver estas habilidades de dança, o jovem também necessita adquirir outras habilidades que lhe permitam fazer um movimento com criatividade, ser capaz de improvisar e explorar novas formas de mover-se com destreza, bem como expressar suas idéias e sentimentos. O equilíbrio entre desenvolver movimentos com criatividade e com habilidade técnica deve ser buscado e constantemente considerado. Em algumas aulas, o foco pode deter-se mais em um que em outro, mas cada um deles é importante e em vários aspectos são inter-relacionados no ensino da dança. (Idem, 1999).

Um dos objetivos do ensino, não é simplesmente acrescentar alguma coisa a mais no aluno, mas aproveitar e aprimorar o que nele já existe. Tornar-se essencial encontrar, no ínicio do aprendizagem um professor consciencioso, em que confie, deixando a seu cargo a tarefa do ensino, para que a criança através deste único professor e do conteúdo do sue método de ensino possa, com o tempo, definir uma linha de trabalho.

Pasciência e tempo são fundamentais e quasse todos os alunos apresentam uma anciedade acentuada, no ínicio do processo de aprendizado, o corpo, com sua assimilação e operacionalização. Existe um tempo dentro do processo de aprendizado que deve ser integralmente vivenciado pois terá ao processo artístico domínio, clareza, maturidade e fluência de expressão.




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