domingo, 4 de abril de 2010

AS CONQUISTAS DO PRIMEIRO ANO DE VIDA




A maior parte dos bebês saudáveis triplica o seu peso durante o primeiro ano de vida. As mudanças no tamanho são acompanhadas por mudanças nas proporções totais do corpo que são importantes para a conquista final do andar equilibrado.


O endurecimento dos ossos e os aumentos na massa muscular contribuem para o desenvolvimento do engatinhar, do andar e de movimentos coordenados dos braços e das mãos.


A locomoção, que se indica durante a segunda metade do primeiro ano de vida, provoca uma mudança fundamental nos relacionamentos dos bebês com seus ambientes. O controle motos do corpo inicia-se na cabeça e no pescoço e procede gradativamente para o tronco e as pernas. Dos sete aos oito meses, os bebês começam a se arrastar ou engatinhar, usando uma combinação de movimentos das pernas e dos braços. O andar ocorrerá em alguns meses, mais ou menos em torno do primeiro aniversário. O desenvolvimento da locomoção é a acompanhado por uma nova forma de atividade comunicativa. Os bebês começam a monitorar a expressão no rosto do cuidador para determinar a reação deste a um objeto ou evento que ambos estão presenciando. Essa referencia social ajuda os bebês a avaliarem seu ambiente.


Em algum momento entre o segundo e o terceiro aniversário, as crianças completam o período de desenvolvimento chamado de fase de beb~e. o final dessa fase e marcado por mudanças nos processos biológicos, pela expansão da capacidade física mental e pelo surgimento de um novo relacionamento consigo mesmo e com o mundo social.


A brincadeira desenvolve-se a partir de variações nos padrões dos movimentos até o uso simulado de objetos nas situações imaginárias. A brincadeira de faz-de-conta se desenvolve. As crianças de um a um ano e meio podem usar a si mesmas como agentes para realizar um ato simulado de cada vez. Quando atingem os dois anos de idade, as crianças podem realizar uma seqüência de atos simulados, em que objetos, como bonecas, são usados como agentes.


Piaget acreditava que os bebês tornam-se capazes da imitação protelada próximo ao final do segundo ano de vida, como resultado da capacidade para representar objetos ausentes. As evidências atuais indicam que a imitação protelada possa ocorrer vários meses antes.


O aparecimento de uma nova forma de categorização coincide com o início da brincadeira de faz-de-conta. Diante de uma série de objetos para serem agrupados, as crianças dessa idade criam um espaço de trabalho separado e categorizam os objetos de acordo com critérios dos adultos.


O vocabulário das crianças dessa idade aumenta rapidamente, ao mesmo tempo em que elas começam a resolver problemas com critério e a procurar, com lógica, objetos ocultos.


A convergência de mudanças biológicas, percepto-motoas, cognitivas e sociais nos meses em torno do segundo aniversário de uma criança produz uma nova mudança biossociocomportamental e o início de um novo estágio do desenvolvimento.

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