domingo, 6 de junho de 2010

TERCEIRA IDADE

Com a transição da idade adulta para a terceira, pairam sobre a pessoa algumas ameaças e não somente circunstâncias novas de natureza variada: algumas de caráter biológico, outras de caráter social, típicas da idade, em parte comuns e em outras diferentes nas diversas sociedade. Na terceira idade é comum que se acumulem os achaques e as doenças, mas envelhecimento, por si só, não equivale a doença nem a incapacidade.
Há duas formas de entender o curso do envelhecimento. A habitual o restringe os processos degenerativos e de redução em certas funções: ao declinar biológico e psicológico. Envelhecer não é um processo simples ou unitário, mas vários processos entrelaçados entre si, ainda que não por força sincrônica. O envelhecer acontece junto com a idade cronológica, mas não coincide com ela, nem varia em conexão mecânica com ela.
Por outro lado, se existe uma relação entre o processo de envelhecimento e o tempo cronológico, essa relação parece ocorrer não tanto com o tempo que ainda resta de vida até o momento da morte.
No envelhecer, surgem elementos derivados da constituição biológica do ser humano e do ser humano e dos seres vivos em geral. Os muitos anos não transformam as pessoas: limita-se a acentuar ou a atenuar traços. São pouco prováveis as transformações drásticas com o envelhecimento, exceto problemas orgânicos.
Na idade adulta tardia, a morte, que em idades anteriores pôde ficar em um horizonte distante e ignorado, torna-se próxima, comparece. Torna-se presente, antes de tudo, porque vão morrendo entes queridos da própria geração.
O processo de envelhecimento caracteriza-se por um declínio gradual no funcionamento de todos os sistemas do corpo; entretanto a maioria das pessoas idosas mantém suas capacidades cognitivas e físicas em um grau notável. Esse decrescimento não ocorre ao mesmo tempo em todos os sistemas nem na mesma proporção. A determinação dos sistemas leva à doença ou à morte. Em geral, o envelhecimento de uma pessoa corresponde ao envelhecimento de suas células, que parecem ter um tempo de vida geneticamente determinado. Com o aumento da idade ocorrem mudanças estruturais nas células. Também ocorrem mudanças no DNA e no RNA, devido a várias causas. Não existe uma única causa para o envelhecimento, sendo todas as áreas do corpo afetadas. Muitos transtornos da velhice apresentam determinação genética.
Os acidentes estão entre as sete principais causas de morte em pessoas com mais de 65 anos, causados principalmente por quedas, atropelamentos e queimaduras. Os defeitos neurológicos e sensoriais são a principal causa de acidentes. A morte de pessoas muito idosas (acima de 85 anos) é causada por danos aos tecidos, os quais não seriam fatais em pessoas mais jovens; nesses casos, a causa da morte é considerada como o envelhecimento.
A dieta e os exercícios exercem um importante papel e várias doenças crônicas dos idosos, como a arteriosclerose e a hipertensão. Em muitos casos, um processo patológico pode ser revertido ou até mesmo curado mediante dieta e prática de exercícios, não havendo necessidade de intervenção cirúrgica.
Estágio de Integridade versus Desespero e Isolamento, de Erikson, acima dos 65 anos. Nessa fase existe o conflito entre a integridade, o senso de satisfação que se em refleti-la sobre uma vida produtiva, e, o desespero, sentimento de que a vida teve pouca finalidade ou significado. A paz e a satisfação na velhice só existem se a pessoa tiver adquirido intimidade e generatividade; do contrario, existe o meio da morte e um senso de desespero e angústia. As pessoas idosas devem lidar com férias narcisistas, à medida que tentam adaptar-se às perdas biológicas, psicológicas e sociais. A auto-estima e a auto-suficiência estão sob risco constante.
A manutenção de atividades sociais tem valor para o bem-estar físico e emocional. A relação com pessoas mais jovens permite ao idoso seus conhecimentos adiante, fazendo-o sentir-s mais útil, contribuindo, assim, para a manutenção da auto-estima. O preconceito etário refere-se à discriminação de pessoas idosas e ao estereótipo negativo acerca da velhice, mantido por adultos mais jovens. Também pode ocorrer discriminação por parte dos próprios idosos. A velhice é associada com solidão, más condições de saúde, senilidade e fraqueza geral ou enfermidades.
Questões socioeconômicas é de crucial importância para os idosos e para a sociedade em geral. As fracas condições econômicas têm impacto direto na saúde física e também psicológica. A preocupação acerca da condição financeira pode tornar-se obsessiva, podendo interferir no prazer pela vida.
Aposentadoria permite eu a pessoa idosa tenha mais tempo para o lazer, e muitos se benficiam com a liberdade adquirida. Entretanto é uma experiência negativa para muitos idosos, especialmente quando resulta em problemas financeiros ou na perda da auto-estima. Muitos aposentados reingressam no mercado de trabalho, por várias razões.
A atividade sexual é limitada pela ausência de um parceiro disponível. Entretanto, o impulso sexual não diminui nem no homem nem na mulher.

Nenhum comentário:

Postar um comentário